fonte: SaúdeBusiness
A digitalização dos processos no setor da saúde chegou com força em 2020. Impulsionada às pressas por conta da pandemia de covid-19, clínicas e consultórios tiveram que se adaptar à nova realidade de telemedicina e atendimentos presenciais cada vez mais otimizados. Não se trata mais de uma simples opção do médico. Se antes os profissionais podiam ignorar a transformação digital e manter o local de trabalho da forma como desejassem, agora a situação mudou. A adoção de tecnologias de gestão é a norma para quem quer continuar atendendo.
A questão é que muitos médicos não sabiam por onde começar essa digitalização e, na necessidade de se adequarem às mudanças impostas pelo novo coronavírus, acabaram contratando soluções que pouco (ou nada) entregam em seu dia a dia. Mais do que conhecer as principais tendências tecnológicas, o essencial é saber quais processos precisam ser melhorados – e, a partir daí, buscar soluções que agilizam esse serviço. Para facilitar, confira o check-list que auxilia a digitalização dos consultórios:
1 – Paciente em primeiro lugar
Se você ainda não conhece a expressão patient centricity, é melhor começar a pesquisar. De forma resumida significa colocar o paciente no centro das decisões a serem tomadas pelos profissionais de saúde. No caso da digitalização dos consultórios, implica reconhecer que qualquer solução a ser implementada precisa resolver questões reais das pessoas, como consulta humanizada, agilidade no atendimento, redução do tempo de espera na recepção, facilidade no pagamento, entre outras coisas. Sim, a automação dos processos começa na identificação dos desejos mais humanos dos pacientes que você trata.
2 – Nuvem traz mobilidade
O segundo ponto a ser analisado pelo médico é o formato da tecnologia a ser contratada. Há uns 10, 15 anos, o comum era um fornecedor instalar a solução diretamente nos equipamentos do consultório, o que só permitia o acesso às funcionalidades nesse local. Essa medida engessava a rotina do médico, que não conseguia acessar suas informações fora do consultório, como numa viagem a congressos ou em seu domicilio. Hoje, porém, a computação em nuvem já é uma realidade e proporciona plataformas que podem ser conectadas de qualquer dispositivo com acesso à Internet e oferecem segurança superior aos aplicativos que dependem de uma instalação local. Isso traz mais mobilidade, segurança e eficiência ao profissional, que pode agilizar diagnósticos e prescrever receitas remotamente, por exemplo.
3 – Prontuário eletrônico como hub clínico
Independentemente de quais soluções o médico pensa em adotar no seu dia a dia, um deles é essencial para a digitalização do consultório. O prontuário eletrônico acompanhou a própria evolução da tecnologia na área de saúde e incorporou novos papéis na gestão do negócio. Se antes era praticamente um repositório de documentos virtuais, hoje ele é um hub com novas funcionalidades e integrações. As melhores plataformas, por exemplo, permitem o agendamento on-line, fazem o controle financeiro (inclusive de convênios), reúnem todos os arquivos e documentos dos pacientes e até substituem o papel se estiverem em conformidade com o Nível de Garantia de Segurança 2 (NGS-2), estabelecido pela Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS) e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
4 – Estratégia data-first
Muitos médicos pensam que a grande vantagem das soluções tecnológicas na medicina é automatizar tarefas burocráticas. Por mais que isso realmente ajude os profissionais, representa uma meia verdade porque o principal benefício está justamente na capacidade de gerar e cruzar diferentes dados de todos os processos do consultório. Essas informações oferecem uma visão mais completa sobre a gestão, permitindo ao profissional adotar medidas para corrigir pontos de melhoria e até impulsionar novos procedimentos. Assim, é possível adotar iniciativas que melhoram continuamente os atendimentos e aumentam a segurança do paciente.
5 – Suporte e fornecedores adequados
Por fim, a digitalização da medicina não obriga os profissionais de saúde a terem um profundo conhecimento tecnológico. Pelo contrário, o que eles precisam saber é justamente o que aprendem nos cursos de medicina – isto é, a capacidade de realizar um bom atendimento aos pacientes. O segredo, portanto, é saber escolher os melhores fornecedores, capazes de oferecerem não apenas as melhores soluções, como também um suporte em tempo integral para eventuais dúvidas e problemas que possam surgir com a utilização da ferramenta. O recomendado é sempre seguir as orientações da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS) e utilizar sistemas com a certificação desta instituição.